Em 25 de agosto de 2011, Renata Frioli abriu sua primeira loja de bolos caseiros, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Formada em administração de empresas, ela trabalhou na área de marketing durante dez anos. Depois de um hiato na carreira, dedicado exclusivamente à família, decidiu investir no próprio negócio, em sociedade com o irmão. A ideia era oferecer um produto simples, que ela não via disponível no abastado mercado gastronômico da metrópole.
?Sempre gostei muito de fazer bolo, sou filha de mineira. Minha escola foi a cozinha da minha avó. Depois que minhas filhas já estavam grandinhas, tive vontade de montar alguma coisa minha, levar a simplicidade para a vida do paulistano. Sentia falta dessa coisa de comer um bolinho e tomar um café. Montei a primeira loja de bolos caseiros da cidade.?
Renata deixou a cidade de Araçatuba para viver na capital há 12 anos. Os costumes do interior e as tradições mineiras não se perderam na mudança. Ao longo dos anos, abasteceu os aniversários de amigos com bolos caseiros. Quando começou a pensar na carreira de empresária, não teve dúvidas: venderia o quitute quentinho, em diversos sabores.
?Muita gente falava que não tinha esse bolo gostoso, simples para vender. No interior é super comum. Aqui não tem quem faça, a vida é muito corrida. Passei um ano adaptando as receitas da minha avó, ajustando para produzir em grande quantidade, e estudando o projeto.?
Reformou uma casa alugada na Zona Oeste, investiu na estrutura necessária para ter uma cozinha equipada e oferecer 15 tipos de sabores. Tentou reproduzir na fachada do imóvel um pouco da estética da residência de sua avó. Para isso, pintou as paredes de rosa, e escolheu uma decoração delicada, sem excessos. ?Todo mundo que entra aqui sai falando tem cheiro de infância.?
Optou por não comercializar o doce em pedaços, apenas inteiro. Oferece, além do bolo, café expresso. ?Não queria ser uma cafeteria nem doceria. Queria ser uma loja de bolos caseiros, e estimular as pessoas a parar um minuto do dia para comer um bolinho junto, repartir, nem que seja na mesa do escritório.?
Em um ano e meio de vida, a loja vende, em média, 200 bolos por dia. Às sextas-feiras e nos sábados, 400 são arrematados até o final do expediente. A produção é diária, e sempre tem bolo fresquinho. Com sorte, recém saído do forno.?É difícil sobrar. Já temos uma clientela fiel que passa aqui com frequência. Embora seja um bolo pra comer a qualquer hora, muitas empresas da região compram para celebrar aniversário de funcionários.?
Em 2012, abrirá mais duas lojas na cidade. Ainda não revela o local, mas garante que expandirá o negócio. Renata diz que todos os dias recebe e-mails de pessoas interessadas em franquia da loja. Por ora, entretanto, não planeja investir no modelo. ?Acho que a qualidade está acima de tudo, sou muito exigente, muita chata com isso. Quero manter a empresa com a minha família.?
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/01/com-bolos-caseiros-empresaria-quer-levar-simplicidade-sao-paulo.html
Por Lívia Machado Do G1 São Paulo
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